segunda-feira, 16 de maio de 2011

Diplomática e classificação

Copiado de EUSG Documentary Center
A atividade de leitura da semana, conforme indicado em aula, consiste em comparar 3 perspectivas de análise e classificação documental: o modelos de tipologia de Mariano García, o dos partidos políticos e a classificação proposta pelo Conarq.
É necessário buscar a compreensão das características de cada modelo. A atividade consiste em indicar, individualmente, nos comments deste post
  • 1 semelhança e 1 diferença relativa aos 3 modelos, não sendo aceitas repetições;
  • 1 resumo de algum comment de post anterior sobre o assunto que julgue interessante, não valendo repetição.
O prazo para a atividade é, as usual, 18h59 do dia 20/05, 6ºf

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André

8 comentários:

  1. Carina Pradera

    Não sei se está correto ao certo, mas... let’s go:

    Semelhanças:

    Entre os 3 modelos notifica-se a importância de uma classificação funcional dos documentos, constituindo sua base nas atividades que tais foram norteadas.

    Diferenças:

    Mariano Ruipérez – busca dentre a classificação o conhecimento de todo o trâmite documental desde antigamente para compreendê-lo melhor e delimitar tanto sua função como atividade.
    André – Partidos Politicos – Preocupação maior com as funções desempenhadas pelas atividades de cada nível abordado e suas determinadas espécies, dando atenção a hierarquia.
    Resolução 14 CONARQ – Abranger toda a documentação em assuntos distintos, preocupando-se primeiramente com as CLASSES que serão feitas e depois com toda o documento especifico, diferentemente do André e Ruipérez que buscam o documento para então gerar as séries.

    Um assunto que me chamou muita atenção é a importância para as funções desempenhadas pelas espécies e as séries consequetemente depois geradas. Conforme visto em sala de aula, quando se delimita, estuda e avalia tanto o trâmite documental de uma instituição como suas determinadas funções, consegue-se uma maior precisão na classificação e analise de tais documentos. É imprescindível tomar conhecimento de como, onde , e porque tal documentação foi produzida considerando tanto seus caracteres internos como externos.

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  2. A semelhança entre as três propostas é que todos os estudiosos reconhecem a necessidade do tratamento na concepção do documento assim como o estudo do seu trâmite, permitindo assim a elaboração de planos de classificação e tabelas de temporalidade. A semelhança mais aparente é quanto à função.
    Diferenças
    O modelo de CONARQ é muito “basicão” e dá margem a várias interpretações, tornando-se ineficiente e muito criticado, além de servir apenas para a área meio. LOPEZ traz a proposta de uma classificação funcional, e analisa as características internas e externas dos documentos. RUIPÉREZ trata o trâmite documental como questão essencial na análise e classificação
    Um comment que eu julguei interessante e diferenciado dos outros que eu li é o da aluna Luanna, reproduzido aqui: “Os três são propostas, em distintas realidades, para a solução de problemas advindos da inexistência de normatização e/ou de procedimentos técnicos na organização de arquivos. São iniciativas que servem de modelo para a análise e para a organização de conjuntos documentais.”

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  3. Semelhanças

    O que podemos notar de comum entre as três propostas é o fato de buscarem compreender o documento (tipologicamente falando) para proporem um plano de classsificação . Essa análise tipológica fica muito maus explícita nos textos de Lopez e Ruipérez.

    Diferenças

    A Resolução n 14 do CONARQ cria um modelo de classificação que abrange todos os órgãos da administração pública, tornando-se, desse modo, vago e confuso. Lopez é muito mais específico e detalhado , criando um modelo baseado na função e espécie, bem hierarquizado, no âmbito dos partidos políticos brasileiros. Ruipérez faz um estudo minucioso do trâmite e uma análise funcional do documento para então classificá-lo. Assim como López é detalhado e específico.

    Com relação ao outro tópico, algo que me chamou atenção foi o comentário de Kiane Mabel Rezende no post " Relações entre classificação e tipologia documental", onde ela ressalta a inportância de se conhecer as tipologias existentes no acervo que se pretende organizar , pois assim é possível entender os trâmites pelos quais os documentos passaram no decorrer de suas atividades. Aponta também uma certa falha do Código de Classificação do CONARQ ao classificar o documento vagamente por assunto e não buscar esse estudo detalhado da tipologia.

    Por: Diones da Costa Pereira

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  4. Espero cumprir com as exigências da atividade proposta.

     Semelhança:

    As três propostas, cada uma com suas especificidades e suas abrangências, buscam uma iniciativa que serve de modelo para a análise e para a organização de conjuntos documentais. Deve-se lembrar que não existe uma análise diplomática e tipológica pré-estabelecida e por isso também não existe um plano de classificação e uma tabela de temporalidade passível de ser utilizada em todas as instituições (sem a realização de ajustes), justamente porque devemos sempre considerar as séries existentes em cada acervo, sua organicidade e sua função arquivística.

     Diferenças:

    A resolução nº 14, além de propor um plano de classificação modelo para a área meio da administração pública, estabelece também a tabela de temporalidade, com os prazos de guarda para cada tipo documental, com base na sua respectiva série, diferentemente do quadro de arranjo proposto por André Porto, que não vem com uma proposta de tabela de temporalidade.

    Com relação à análise de Ruipérez e André Porto: o primeiro propõe uma análise diplomática e tipológica para documentos que autorizam a viagem em território nacional. Nas três análises que são expostas, Ruipérez elenca uma série de elementos a serem considerados, como “denominacion, destinatário, vigência administrativa do documento...”. Esses elementos, por sinal, não estão presentes na análise proposta por André Porto, que já considera a “denominação original” e as “fontes”. Enfim cada análise coletou dados que se faziam úteis para a análise proposta.

    O texto do professor André Porto aborda o diagnóstico feito no partido PCB-Pinheiros. Nesse partido foram feitos a análise tipológica dos documentos acumulados pela instituição e depois propostos um quadro de arranjo. Depois de realizada a fase de coleta de dados (análise das séries existentes) foi proposta uma análise tipológica documental composta por três elementos indicativos: um quadro de funções hierárquicas por nível, a relação de funções e espécies documentais também distribuídas por nível e seu desenvolvimento listado por função. A partir de então foi proposto um quadro de arranjo para esse partido político de acordo com a organização tipológica que foi sugerida. Um detalhe importante, que difere o trabalho do professor André Porto da Resolução n° 14 é o fato do primeiro ter dividido, no quadro de arranjo, as espécies em blocos de funções, o que não indica ser uma divisão de série e subsérie, bem como a fato da primeira proposta ser útil para os arquivos permanente e a segunda para os arquivos correntes.

    Comentário:

    Considero bastante explicativo o comentário feito pelo nosso professor (disponível em: http://diplomaticaetipologia.blogspot.com/2010/05/vai-encarar.html)

    (...) “O problema é que muitas vezes, principalmente no Brasil essa ordem de importância não é seguida. Algumas vezes alguns elementos, são sumariamente esquecidos. Não vejo no CONARQ nada além da codificação e do assunto; não há identificação do documento, do trâmite e nem da função arquivística.”

    Para mim, esse comentário esclareceu muito coisa referente à metodologia utilizada pelo CONARQ.

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  5. Semelhanças entre os 3 textos:
    todos estariam sempre atentos quanto a quem são os produtores do documento, procurando-se assim utilizar e respeitar sempre princípio da proveniência.

    Diferenças que podem ser notadas entre eles:
    Resolução 14 do Conarq - utiliza a classificação por assunto como método de classificação de documentos, sob a perspectiva de que isso facilitaria a recuperação da informação e crendo também que isso refletiria a atividade geradora do documento e seu uso.
    Lopez - utiliza o método de classificação por função, organizando-os de maneira hierárquica partindo assim inicialmente da função para a espécie documental, para que assim fossem construídas séries tipológicas.
    Ruipérez - se atenta mais aos quesitos das características internas e externas dos documentos na hora de realizar suas análises.

    Um post que julguei interessante foi o de Rodrigo Fortes na postagem ‘Cartas na Mesa’, onde procurou-se falar da universidade não como um local que simplesmente apresenta conceitos que deveram ser impostos aos alunos e que estes deverão aceita-los de bom grado, mas sim um local aberto para discussões para que assim tais conceitos possam aparecer, mas estes não seriam pré-estabelecidos por ninguém, e sim descobertos pelo todo.

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  6. As três análises desenvolvem suas análises tipológica e diplomática partindo da instituição produtora do arquivo. O código do Conarq, por ser modelo, apresenta uma estrutura de análise menos flexível às necessidades específicas de cada fundo documental e o código apresenta uma estrutura limitada pelo assunto não detalhando as séries. O modelo do Conarq de certa forma reflete o sistema administrativo controlado por leis e interesses de diversos setores sociais. Mariano faz uma análise histórica do tramite documental e da sua função(ões) na instituição. Ele detalha a série documental e alenta quanto aos perigos que a mesma possui no quesito amplitude. Lopez, por sua vez, leva em consideração a função do documento e seus efeitos (agentes e passivos) na instituição produtora sem deixar de lado as influências externas. Ele abrange, a análise já citada, a descrição e análise das espécies no fundo de arquivo.

    A análise tipológica e diplomática não é algo isolado do arquivista. Requer diálogo intra/extra-institiocional buscando sempre a melhor forma de posicionar os documentos de maneira lógica.

    Por:Israel Gomes

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  7. Semelhanças:
    Os três textos falam da importância de se estabelecer um plano de classificação específico. Para isso obedecem as hierarquias das séries documentais e analisam tipologicamente os documentos para que a classificação não fique passível de erros.

    Diferenças:
    Ruipérez preza pela análise do trâmite na classificação. Na visão do autor, o trâmite é fundamental para a hierarquização dos documentos. Coloca a análise tipológica e documentária como essenciais para o desenvolvimento de um plano de classificação.
    Lopez analisa a relação produtor/usuário. Para o autor, a especificidade de cada entidade deve ser preservada para que o plano de classificação seja coerente. Um arranjo tipológico deve ser realizado.
    A Resolução nº 14 do Conarq já não leva em consideração as especificidades de cada órgão em que o plano de classificação será utilizado. Utiliza a ferramenta assunto para elaboração de seu plano.

    Achei interessante o post da Inês em "Relações entre classificação e tipologia documental". Ela faz uma análise completa e deixa clara a diferença e as semelhanças entre as três visões apresentadas: Madrid, Conarq e Tipologia dos partidos políticos. Complementou bem o meu entendimento sobre essa atividade também.

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  8. O que podemos observar de semelhança no texto do grupo de Madri, Lopez e o CONARQ é que adotam um método de arranjo Funcional, inclusive Lopez destaca uma proposta em que o método funcional não seja pautado somente pelas funções dos documentos , mas também pelas espécies documentais , ou seja, um arranjo funcional-tipológico, sendo adotado como uma solução viável para a contextualização de fundos documentais para os quais o método estrutural é problemático.
    Com relação às diferenças podemos destacar as diferentes amplitudes dos arranjos, enquanto o grupo de Madri desenvolveu uma pesquisa focada nos arquivos municipais, Lopez focou na tipologia documental de partidos e associações políticas brasileiras e CONARQ focou na administração pública federal. O foco de cada um deles resultou na qualidade do trabalho, o CONARQ recebe duras críticas, pois os órgãos da APF são obrigados a enquadrá-lo à sua realidade, não respeita as particularidades de cada órgão. O modelo de Lopez, assim como o do grupo de Madri englobam documentos tanto de área-fim como de área-meio, já o CONARQ aborda documentos apenas de área-meio.
    Um post que me chamou atenção foi um em que o Rodrigo de Barros aponta a nossa importância dentro das organizações na elaboração de planos de classificação que realmente possam refletir estruturas de cada uma, pois apesar de “estarmos viciados no CONARQ”, (grande parte das atividades desenvolvidas em Brasília estão ligadas ao setor público federal) há um vasto mercado que necessita de plano específico e que não está obrigado a seguir as regras do CONARQ, e mesmo com relação aos órgãos públicos federais, temos que lutar para que haja uma melhora constante do plano proposto pelo CONARQ.

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